Em Maragogi, prefeitura anuncia cortes de salários dos servidores em meio a crise do Coronavírus

Os servidores da prefeitura de Maragogi estão apavorados com o pacote de medidas administrativas anunciadas, diante da crise provocada pela pandemia do Coronavírus, prevendo corte salarial, benefícios e o não reajuste anual dos professores. O anúncio, feito pelo próprio gestor Sérgio Lira, pode deixar famílias inteiras em situação de maior vulnerabilidade neste momento de crise.

Conforme denúncia apresentada pelo Sindicato dos Servidores de Maragogi, o prefeito e o secretário de educação estão se “esquivando” para não conceder o reajuste anual do piso dos professores aos trabalhadores da educação, na esperança de usar o calendário eleitoral como desculpa.

“Apenas queremos os reajustes anuais do Piso Nacional dos Professores, no sentido de repor as perdas provocadas pela inflação e pela desvalorização da nossa moeda, para que não percamos nosso poder aquisitivo. Nada mais justo! Conforme declaração do próprio gestor, o reajuste iria ocorrer em Março de 2020, estabelecido por ele em 11% (Quando o Piso Nacional é de 14,87%). Ocorre que já estamos em Abril, último mês que a Lei Eleitoral Federal permite reajustes, admissões e demissões, entre outros atos administrativos, antes das eleições. Caso não tenhamos reajustes até o fim desse mês, só vamos poder tê-los seis meses depois das eleições”, colocou o sindicato em uma publicação nas redes sociais.





Além dos professores, a falta de assistência ao servidor público tem sido em todas áreas, assim como o setor do comércio e do turismo que mantém a movimentação econômica da cidade. Indo na contramão de incentivar medidas favoráveis no momento em que todo comércio, bares e restaurantes precisam ficar fechados, o prefeito anunciou cortes nos salários e retirada de benefícios.

“Chamamos a atenção de todos para um fato que já imaginávamos que iria ocorrer: o gestor está usando a situação de vulnerabilidade emocional das pessoas, em decorrência da pandemia do Coronavírus, para anunciar um pacote de medidas, que ousamos chamar de “Pacote de Maldades”! Num momento como este, em que os governos federal, estadual e muitos municipais procuram, de alguma forma, transferir recursos para a população, no sentido de mitigar sua difícil situação, o governo de Maragogi segue caminho totalmente inverso, propondo tirar de quem não tem!”, completou o Sindicato.

Dentro das medidas administrativas estão: cortar gratificações, cortar 25% dos salários dos comissionados, descontar 14 % dos aposentados para o Iprev, e descontar os dias parados dos contratados e cooperados.

Além disso, a prefeitura parece ter esquecido o momento de fragilidade da população e não ofertar ajuda aos moradores. As ações sociais desenvolvidas na cidade para ajudar os trabalhadores informais e formais que dependem do turismo estão realizadas pelos poucos empresários da região e populares, que tentam evitar que as famílias passem fome.





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